sábado, 29 de dezembro de 2018

O Apocalipse, por Ranko Stefanovic

Hoje iniciamos o estudo do Apocalipse na Lição da Escola Sabatina. Não deixe de ler o auxiliar disponível na edição de professor, escrito por Jon Paulien, considerado o maior estudioso do Apocalipse da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Você poderá acompanhar o auxiliar no site da CPBIndico ainda os vídeos (aulas) de estudos do Dr. Ranko Stefanovic sobre o livro do Apocalipse (toda a série está sendo legendada em português pelo Pastor Jurandir Gouveia). A playlist está disponível aqui.

Seguem os temas da série:

1- O Tema Central do Apocalipse

2- A Linguagem do Apocalipse

3- Métodos de Interpretação do Apocalipse

4- Visão do Salvador Ressuscitado (Apocalipse 1)

5- Mensagens às Igrejas - Parte 1 (Apocalipse 2)

6- Mensagens às Igrejas - Parte 2 (Apocalipse 3)

7- A Cena da Sala do Trono (Apocalipse 4)

8- A Entronização de Jesus (Apocalipse 5)

9- Os Sete Selos do Apocalipse (Parte 1) (Apocalipse 6)

10- Os Sete Selos do Apocalipse (Parte 2) (Apocalipse 6)

11- Os 144 Mil (Apocalipse 7)

12- As Sete Trombetas - Parte 1 (Apocalipse 8)

13- As Sete Trombetas - Parte 2 (Apocalipse 8)

14- As Sete Trombetas - Parte 3

15- O Anjo Forte - Apocalipse 10

16- As Duas Testemunhas (Apocalipse 11)

17- A Mulher e O Dragão (Apocalipse 12)

18- A Besta do Mar (Apocalipse 13)

A IGREJA DE FILADÉLFIA

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

A APOSTASIA ÔMEGA

Num artigo intitulado A Apostasia Ômega, publicado na revista Ministry de outubro de 1977o falecido pastor Robert Pierson, apresentou-nos antecipadamente como seria a apostasia ômega. Aqui estão enumerados dez pontos retirados do livro Mensagens Escolhidas, vol. 1, pp. 193-206:

1. "Os princípios da verdade que Deus em Sua sabedoria deu à Igreja Remanescente seriam alterados."
2: Anulariam "a verdade de origem divina."
3: "Nossa religião seria alterada."
4: "O Sábado seria naturalmente menosprezado, como também o Deus que o criou."
5: Supor-se-ia "que uma grande reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistia em  renunciar ás doutrinas que se erguem como pilares da nossa fé."
6: "Introduzir-se-ia um sistema de filosofia intelectual."
7 :Tratar-se-ia de debilitar a pregação do segundo advento, ensinando "que as cenas que estão justamente à nossa frente não são de importância suficiente para que se lhes dê atenção especial."
8: "Escrever-se-iam livros de ordem diferente."
9: "Estabelecer-se-ia uma nova organização."
10."Coisa alguma se permitiria opor-se ao novo movimento."

Necessitamos estudar estes dez pontos cuidadosamente,porque a cada dia que passa, estão-se tornado mais evidentes na igreja.Temos uma filosofia intelectual que tem estado a fazer incursões no nosso sistema educacional e agora está sendo escutada de muitos dos nosso púlpitos. O Pr. M. L Andreasen, na última etapa da década dos anos de 1950, a chamou "A Nova Teologia". De fato, é na realidade uma velha teologia - doutrina calvinista que sustem que os mandamentos não podem ser guardados na perfeição, que todas as debilidades para o pecado, herdadas e cultivadas não podem ser vencidas até que Cristo venha. Ver 1 João 3.6-9, O Desejado de Todas as Nações, p. 363-364, Testimonies, vol 1, p. 144.

Para fortalecer a sua posição, alguns partidários do calvinismo, adotaram a posição agostiniana de que Cristo tomou a natureza humana antes da queda, o qual o fazia um perfeito observador da lei, mas criando a desculpa para o homem caído de que Cristo era diferente de nós e portanto não podia ser nosso exemplo, somente nosso substituto.

Logicamente, se seguimos este conceito de causa e efeito, isto faz que a justificação forense seja tudo, minimizando a santificação e o desenvolvimento do carácter e apresentando a expiação como efetuada completamente na cruz. Suprime a necessidade de um santuário e elimina a importância da data de 1844 e a necessidade de uma Igreja Remanescente.

Também diminui o significado do Sábado  do sétimo dia, o qual se converte no selo de Deus, depois do encerramento da graça. A transgressão do Sábado e a irreverência na Casa de Deus poderiam ser um dos pecados maiores na Igreja atualmente. Muito poucos adventistas do sétimo dia guardam o Sábado de acordo com Isaías 58:13-14.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

A DATA DO NASCIMENTO DE JESUS

Apresentamos a seguir um breve comentário a respeito da possibilidade de calcular com certa precisão a provável data do nascimento de Jesus, com base no ritual do Santuário hebraico. Embora seja notório e patente que a data não foi o dia 25 de dezembro, por várias razões derivadas do contexto do relato bíblico, permanece a dúvida sobre qual teria sido a data exata que, por razões que ignoramos, não se encontra explicitada em nenhum documento histórico.

Em 1 Crônicas 24 é relatada a maneira adotada para a escolha, por sorteio, dos turnos que deveriam exercer o serviço sacerdotal no Templo:
“Quanto aos filhos de Arão, foram eles divididos por seus turnos (v. 1). ...
Repartiram-nos por sortes, uns com os outros (v. 5). ...Saiu a primeira sorte a Jeoiaribe (v. 7) ... a oitava a Abias (v. 10). ... a vigésima-quarta a Maazias (v. 18).”

Havia, portanto, 24 turnos, cabendo a cada turno, no decorrer do ano, o exercício durante duas semanas. O oitavo turno, como visto, cabia à família de Abias (v. 10). Considerando, pois, o início do ano religioso no mês de Abib (março/abril), o oitavo turno dos sacerdotes corresponderia praticamente ao quarto mês (junho/julho).

Zacarias, marido de Isabel, mãe de João Batista, pertencia ao turno de Abias:

“Nos dias de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. Sua mulher era das filhas de Arão e se chamava Isabel.” (Lucas 1:5).

Zacarias e Isabel não tinham filhos até sua velhice (cf. Lucas 1:7). Zacarias estava exercendo o sacerdócio quando lhe apareceu então o anjo Gabriel para anunciar-lhe a concepção de João Batista:

“Ora, aconteceu que, exercendo ele diante de Deus o sacerdócio na ordem de seu turno, coube-lhe por sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no santuário do Senhor para queimar o incenso.” “E eis que lhe apareceu um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do incenso. Vendo-o, Zacarias turbou-se, e apoderou-se dele o temor. Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João.” (Lucas 1:8-9).

Seis meses depois, Gabriel também anuncia a Maria a concepção de Jesus:

“No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. ... O anjo lhe disse: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.” Lucas 1: 26-31.

O nascimento de Jesus dar-se-ia então nove meses depois, ou seja, quinze meses após Zacarias ter estado ministrando no Templo. Portanto, a partir do quarto mês do calendário religioso (mês em que Zacarias esteve ministrando no Templo, ou seja, junho/julho), contando-se quinze meses, chega-se ao sétimo mês do calendário religioso (setembro/outubro) como o mês do nascimento de Jesus. Sem dúvida, era este um mês em que as condições climáticas eram propícias para “os pastores guardarem nos campos o seu rebanho durante as vigílias da noite” (Lucas 2:8).

O décimo dia do sétimo mês do calendário religioso – o Dia da Expiação – era um sábado de descanso solene “para fazer expiação por vós perante o Senhor vosso Deus” (Levítico 23: 26-32).

Teria sido este o dia do nascimento de Jesus – Aquele que veio fazer expiação pelos nossos pecados – novamente o tipo encontrando o antítipo?

Adaptado do Boletim Mensal da Sociedade Bíblica Brasileira (dezembro de 2014).

sábado, 22 de dezembro de 2018

SOMOS FUNDAMENTALISTAS?

A resposta é: depende do critério.

Normalmente, no meio cristão e evangélico, um grupo tem sido enquadrado como "fundamentalista" se reunir as seguintes características:

  1. Crença na criação literal em seis dias.
  2. Interpretação literal das Escrituras (exceto em todas as partes proféticas, poéticas e parabólicas).
  3. Crença na volta literal de Jesus nas nuvens dos céus.
  4. Defesa da historicidade do cumprimento das profecias.

Alguma semelhança com as crenças fundamentais dos adventistas do sétimo dia? Pois é, reunimos todas essas crenças e, nesse sentido, somos sim, "fundamentalistas".

domingo, 4 de novembro de 2018

RESISTÊNCIA CONTRA A TIRANIA PAPISTA

No último dia 31 de outubro, comemoramos 501 anos da Reforma Protestante. Ou seja, 501 anos de resistência contra a tirania papista. Segundo o mote em latim do cabeçalho do Jornal do Advento, a Reforma estabeleceu:
  • Somente as Escrituras (e não o papa e os concílios).
  • Somente através de Cristo (e não por outro meio).
  • Somente pela graça (e não por mérito).
  • Somente pela fé (e não por obras).
  • Glória somente a Deus (e não a santos e a anjos).

sábado, 22 de setembro de 2018

A MUDANÇA NA ÉTICA PASTORAL

Tenha acesso à revista Ministério, edição de julho de 2017, aqui.

Desde o início, este jornal tem alertado sobre algumas raposinhas que têm invadido o arraial adventista. Não é nosso objetivo julgar o caráter ou as intenções, de quem quer que seja. No entanto, como fiéis atalaias, precisamos soar as advertências contra aquilo que, sorrateiramente, tem nos afastado dos nossos princípios. 
Nesse sentido, há pouco mais de um ano, veio à tona uma mudança importante envolvendo os ministros do Evangelho. À época, fizemos a denúncia nas redes sociais. Os detalhes estão assinalados com sublinhado vermelho na notícia acima, publicada na revista Adventist World, mês de julho de 2017, p. 5. Trata-se de uma notícia sobre mudanças no enunciado do Código de Ética Pastoral Adventista, ao qual estão subordinados todos os ministros da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) no mundo todo. Observe que o detalhe sublinhado mostra que o pastor adventista do sétimo dia não deverá mais ter como prioridade o seu senso de vocação ou “chamado” de origem divina para o ministério pastoral. Seu compromisso e fidelidade devem estar voltados para a “organização empregadora” que o contratou como pastor: “A frase Dedicar tempo e atenção integral ao ministério como minha única votação‘ foi mudada para ‘cumprir as diretrizes empregatícias da minha organização empregadora.’” 
Você concorda com essa mudança na ética pastoral adventista? Tem notado que os pastores estão cada vez mais afastados de sua vocação, e cada vez mais submissos e subservientes à Organização?

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

QUEM ESTÁ IMPEDIDO DE PREGAR OU ATUAR EM QUALQUER OUTRA ATIVIDADE NA IASD?



Como sou adventista desde o nascimento, já vi casos em que alguma pessoa foi impedida de atuar em determinada função na igreja. Em geral, isso acontecia por um processo regular de disciplina eclesiástica; mas, em outros casos, isso acontecia através de comunicados e declarações não-oficiais, por parte de líderes que adotavam uma ou outra ideia acerca de vestuário, maquiagem, teologia, etc. Embora saibamos que estas coisas são muito importantes, devemos ter em mente que, em um plano macro, estamos dentro de uma instituição que mantém uma estrutura administrativa sólida e bem organizada. A Igreja Adventista do Sétimo Dia possui um livro-base de procedimentos administrativos chamado: Manual da Igreja. Através deste livro, podemos compreender como nossa denominação conduz um processo justo e eficaz de identificação do membro regular e do membro censurado. Agora, uma inquietante pergunta: POR QUE É IMPORTANTE SABER ISSO? A resposta é: muitas injustiças tem sido quantificadas, ultimamente, com membros regulares da IASD, que, por motivos diversos, são feitos alvos de boatos, calúnias e censuras improbas, ainda que não tenham nenhum impedimento administrativo legal, feito conforme os moldes do Manual da Igreja. Os pastores, anciãos e líderes de Igreja que não conhecem/atendem estas informações, são fortes candidatos a cometerem injustiça com seus irmãos. Portanto, abaixo, citarei 6 passos que devem ser dados OBRIGATORIAMENTE para administração de uma disciplina eclesiástica e, consequentemente, ajudarão a distinguir quem é impedido oficialmente ou não de exercer atividades na Igreja:

Passo 1 - O PROBLEMA DEVE SER IDENTIFICADO: 
As "Razões Para Disciplina" estão expostas na página 64 do Manual da Igreja (edição 2015). Qualquer membro surpreendido em algum dos itens citados na lista de razões para a disciplina está sujeito a um processo disciplinar. Entretanto, este não é o passo final. É o passo inicial. O processo seguinte é uma profunda averiguação, que detalharei nos tópicos posteriores;

Passo 2 - A COMISSÃO DA IGREJA DEVE AVALIAR O CASO ANTES DE SER LEVADO AO PLENÁRIO: 
"Os membros podem ser disciplinados por uma causa suficiente, mas apenas em uma reunião administrativa devidamente convocada (ver p. 131, 132), depois de a Comissão da Igreja ter analisado o caso." (Manual da Igreja, p. 66)

Passo 3 - O MEMBRO DEVE SER NOTIFICADO POR ESCRITO:
"Será feita uma notificação por escrito, pelo menos duas semanas antes da reunião, incluindo as razões para a reunião disciplinar." (Manual da Igreja, p. 67);

Passo 4 - DEVE SER ASSEGURADO AO MEMBRO O DIREITO DE FALAR EM DEFESA PRÓPRIA:
"Os membros têm o direito fundamental de ser previamente notificados da reunião e o direito de ser ouvidos em defesa própria, apresentar provas e apontar testemunhas. Nenhuma igreja deve votar a disciplina de um membro em circunstâncias que o privem desses direitos." (Manual da Igreja, p. 67);

Passo 5 - NÃO DEVE SER ACEITA NENHUMA PROVA DE DISCIPULADO EXTERNA AO MANUAL DA IGREJA
"Nenhum ministro, congregação ou Associação possui autoridade para estabelecer provas de discipulado. Essa autoridade pertence à Assembleia da Associação Geral. Portanto, qualquer pessoa que busca aplicar provas além das que são estabelecidas aqui, não representa apropriadamente a igreja (ver Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 207)." (Manual da Igreja, p. 66).

Obs: O livro Nisto Cremos, os votos regionais das diversas Divisões, Uniões e Associações, e os mais variados materiais teológicos publicados pela denominação NÃO constituem prova de discipulado, inclusive no assunto "disciplina eclesiástica".

Passo 6 - A ADMINISTRAÇÃO DO PROCESSO NÃO DEVE SER EXAUSTIVA: 
"A igreja deve cuidar para que o processo disciplinar ocorra dentro de um tempo razoável e então comunicar suas decisões com delicadeza e prontidão. A demora na administração da disciplina pode aumentar a frustração e o sofrimento do membro e da própria igreja." (Manual da Igreja, p. 66)

Passo 7 - A DECISÃO É TOMADA PELA REUNIÃO ADMINISTRATIVA (todo o corpo de membros votantes):
"Os membros podem ser removidos do rol de membros da igreja ou disciplinados de algum outro modo unicamente pelo voto da maioria dos membros presentes e que participarem da votação em uma reunião devidamente convocada. 'A maioria da igreja é uma força que deveria controlar seus membros' (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 107)." (Manual da Igreja, p. 67).

Após dados estes passos, exatamente como descritos no Manual, tendo sido tomado o cuidado de seguir as demais instruções que ele propõe, a Igreja pode considerar um membro acusado como inocente ou pode discipliná-lo por 1) CENSURA, que corresponde a um período destinado à reflexão e impedimento do exercício de funções eclesiásticas, como demonstrativo da desaprovação da igreja à conduta que trouxe desonra à causa de Deus (conferir p. 65); ou, ainda, a igreja pode discipliná-lo com a 2) REMOÇÃO DA CONDIÇÃO DE MEMBRO, que é a disciplina final, administrada em casos de ofensa gravíssima ou persistência em conduta inadequada, uma vez empenhados todos os esforços para a salvação do membro (conferir p. 65). Membros disciplinados sob estes moldes são os únicos membros impedidos oficialmente de exercer atividades na Igreja.

PARA PASTORES, ANCIÃOS E LÍDERES DENOMINACIONAIS: se vocês ouvirem dizer que este ou aquele irmão está impedido de atuar na Igreja, consultem o tal irmão, peçam explicações, chamem para conversar. Se, de fato, ele estivesse impedido, a Igreja já o teria feito legalmente. Mas, uma vez que não há declaração oficial, analisada e votada pela Igreja, considerem qualquer comentário acerca do tal irmão como calúnia, até que vocês mesmos possam constatar a veracidade das informações, indo primeiramente à vítima, não ao acusador. Entretanto, não impeçam quem a Igreja não impediu! Se isso não lhes parece suficiente, repito: não impeçam quem Deus não impediu! Não trabalhem para Satanás, colocando ainda mais obstáculos diante de irmãos que são, em muitos casos, sinceros e dispostos ao trabalho do Senhor. Vocês serão cobrados por Deus caso deem ouvidos às línguas inflamadas pelo diabo para acusar, caluniar e difamar os servos de Deus. Se o irmão fulano não tem impedimento oficial da denominação, chamem-no para conversar e examinem à luz da Palavra de Deus e de nosso Manual a posição deste irmão, mas nunca ajam como se tivessem mais autoridade ou fossem maiores do que a Igreja. Não queiram ser reis ou governantes de seus irmãos. Durante muitos anos me admirei do fato de o sistema de governo representativo da IASD impedir que predominem ideias de homens individuais, como no caso das diversas igrejas protestantes que seguem com cega e inflexível submissão toda palavra do pastor, do apóstolo ou do "ministério", porém, ultimamente, tenho visto o sistema representativo sofrer terríveis ataques. Eu protesto, dizendo que não precisamos de totalitarismo nem de uma nova ditadura medieval no esforço de guardar nossos púlpitos de heresias. Embora devamos ter cuidado com quem sobe aos púlpitos, devemos ter sempre em mente que é o Manual da Igreja quem define estas questões, e que a terceira mensagem angélica deve ser pregada livremente pelos membros regulares que zelam pelas crenças fundamentais, que colaboram com sua influência, com seus dízimos e ofertas, AINDA QUE NÃO SEJAM RECOMENDADOS PELA LIDERANÇA LOCAL, POIS NEM JESUS NEM OS PROFETAS O FORAM. Repito: não impeçam quem Deus não impediu!

"Não cometam injustiça num julgamento; não favoreçam os pobres, nem procurem agradar os grandes, mas julguem o seu próximo com justiça. Não espalhem calúnias entre o seu povo. Não se levantem contra a vida do seu próximo. Eu sou o Senhor." Levítico 19:15,16.

Gabriel Tardin. Texto publicado no Facebook, no dia 19 de setembro de 2018.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

NOVO TEMPO X TERCEIRO ANJO

Essa é a dica que deixamos aqui, e também no Facebook. Aliás, as coisas no Facebook não andam nada leves. Mas, depois toco nesse assunto. Caso ainda não conheça a Tv Terceiro Anjo, clique aqui. Lá a última verdade presente é pregada com destemor, e em tudo há coerência com os princípios do adventismo do sétimo dia, ao contrário da Novo Tempo.

Ao fazer esse post na rede social citada acima, o editor deste jornal não pretendia passar uma mensagem àqueles que são fãs da Novo Tempo. Isso é óbvio na chamada: "CANSADO DISSO?" Assim, quem está satisfeito, que passe adiante. Queremos alcançar quem, de algum modo, sente-se insatisfeito, indignado, com a emissora da Organização. Não vamos nos alongar sobre as razões, cada um que tire as suas próprias conclusões de sua grade de programação (uma dica aos interessados: pesquise aqui no jornal o que já foi publicado sobre a rede Novo Tempo, especialmente os vídeos da Prof.ª Paula Marisa). 

Ora, logo após o post, o editor recebeu uma saraivada de críticas. Já esperado e, diga-se de passagem, não nos incomoda. O que nos incomoda, sim, é o erro e a incoerência, sobretudo se promovidos pela liderança da igreja. Desde que as críticas não sejam levianas e não ultrapassem os limites do que é aceitável em termos de respeito e consideração, tudo bem.

Em meio ao "bombardeio", eis que surge uma jovem, visivelmente incomodada. Sem um único argumento, anunciou que iria excluir o editor de sua rede de amigos. No Messenger, ele a chamou para conversar. Pediu que ela aguardasse um instante, e então, após ler o que iria escrever, que o excluísse. Nada... ela simplesmente desapareceu. O editor, então, fez uma rápida consulta ao perfil dela:

Sem que soubesse, ela estava corroborando com tudo o que dissemos. A Novo Tempo, como se vê, dá um péssimo exemplo ao investir na contratação de uma maquiadora. Assim, compreendemos o furor da moça (revelado, a seguir, numa série de impropérios que dirigiu ao editor no privado, antes de bloqueá-lo). Se, porventura, a audiência da Novo Tempo despencar, ela estará em maus lençóis. Na Tv Terceiro Anjo, que zela pelos mais elevados princípios adventistas, ela não conseguirá emprego. O mesmo se dará com muitos outros funcionários dessa emissora... a eles e a todos os nossos leitores, deixamos uma sugestão: caso estejam cansados de assistirem à Novo Tempo, mudem para a Tv Terceiro Anjo. Façam o teste e tirem as suas próprias conclusões.  

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

PAULO FALA À UNIVERSIDADE

Rapazes e moças da universidade, vejo que em todos os sentidos, vocês são muito religiosos. Andando pela universidade, observei cuidadosamente seus objetos de adoração. Eu vi seu altar chamado ginásio, onde muitos adoram a deidade do esporte. Vi o edifício de ciência, onde muitos depositam sua fé na salvação do gênero humano. Eu achei o seu altar para as belas artes onde a expressão artística e o desempenho parecem reinar supremos sem submissão a qualquer poder maior. Eu caminhei por seus corredores de residência e observei seus cartazes da deusa do sexo e pirâmides de latas de cerveja. 

Ainda, como eu caminhei com alguns de vocês, vi o vazio em seus olhos e senti a dor em seu coração. Percebi que ainda há outro altar em seu coração. Um altar para o Deus desconhecido que vocês suspeitam que possa estar lá. Vocês têm um senso de que há algo mais, além dos deuses humanísticos e comodistas. O que vocês almejam como algo desconhecido, eu quero apresentar-lhes agora. Este Deus de quem eu estou falando é seu Criador pessoal. Ele não é uma fabricação ou invenção do gênero humano. Ele não é uma parte da criação; Ele está mais acima do que isso. Ele é maior e mais poderoso do que você possa ter sonhado. Este Deus lhe deu sua vida e fixou os limites da mesma. O desejo pela eternidade no seu coração foi colocado por Ele. Você pode tentar procurá-lo, mas Ele já está envolvido intimamente na criação. É o trabalho criativo dEle, a imagem dEle, que torna possível você se ocupar de atividades atléticas, empenho científico, expressão artística, jovialidade plena e prazer sexual. 

Este Deus o está chamando a se arrepender. Você tem adorado sua própria criatividade em vez de reconhecê-lo como seu Criador. Você esqueceu do doador dos presentes. Você se rebelou contra seu Criador e seguiu o caminho dos seus próprios desejos e da auto-adoração. Como resultado, você perverteu os presentes de vida e criatividade. Você abusou de sua sexualidade com descuidados prazeres. Você escolheu a futilidade e a morte. Deus o convida para que pare de servir esses falsos deuses e traga glória ao verdadeiro Deus Vivo, seu Criador. Deus enviou o Seu filho, Jesus Cristo, para salvar e julgar o mundo. O homem Jesus veio pôr ordem nas coisas, trazer justiça, e chamar-nos de volta como uma advertência antes do julgamento. Pela Sua morte, Ele nos oferece um modo de voltar a Deus, para nos salvar da autodestruição. Pela Sua ressurreição, Ele mostrou que veio com poder para salvar e julgar o mundo. Como resultado, este Jesus se tornou o ponto principal na história, o assunto central para nós hoje, a pedra guia para o nosso andar ou a pedra de tropeço. Ele oferece reconciliação com o Criador e somente Ele pode nos dar isso. 

Esta paráfrase de Atos 17:22-31 foi escrita por Daniel Denk e publicada com a sua permissão na revista Diálogo Universitário, vol. 18, nº 3, 2006, p. 35.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

DESABAFO DO ATALAIA GABRIEL TARDIN

Olá, amigos!

Há pouco mais de um ano tenho recebido mensagens, ligações e até visitas pessoais de irmãos amigos meus que ouviram dizer que estou em rebelião contra minha Igreja, que estou sob censura, proibido de pregar, cantar ou exercer qualquer atividade na Igreja. A princípio, senti ser seguro não me manifestar a respeito do assunto. Pensei que devia esperar mais um tempo e ver onde toda essa situação iria chegar. Porém, a coisa foi se agravando, e finalmente passei pela dolorosa experiência de ser realmente impedido, não oficialmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas por alguns líderes locais que ouviram o boato de que estou sob censura e/ou de que estou ensinando heresias. Algumas igrejas precisaram recolher cartazes que continham minha foto e desmarcar os eventos que eu participaria. Confesso que foi (e está sendo) um processo muito doloroso, mas vou tentar resumir nesse texto como e por que essa história começou, como se desenrolou, como estou agora e o que penso de tudo isso. Hesitei, protelei, relutei muito para escrever, pois não gosto desse tipo de exposição, nem gosto de falar publicamente sobre os problemas que acontecem na igreja. Mas, depois de ter sido tão exposto, tão difamado e tão prejudicado, penso ser meu dever me manifestar. Que cada um leia e tire suas próprias conclusões!

Sou um jovem morador da Baixada Fluminense/RJ, psicólogo, solteiro, e nascido em família adventista do sétimo dia. Ao nascer, fui dedicado a Deus na IASD Tomazinho, onde recebi minhas primeiras impressões e ensinamentos sobre Deus e religião. Fiz meu primeiro sermão aos 7 anos de idade. Fui aventureiro e desbravador. Afastei-me da Igreja aos 14 anos, retornei aos 18, e permaneço aos 26, sem a mínima pretensão de sair. Ao longo desse pequeno tempo já atuei como diretor de ministério pessoal, diretor de saúde, professor e diretor de escola sabatina, diretor jovem, líder de pequenos grupos, diretor de música, regente de coral, membro de quartetos, evangelista, obreiro bíblico, líder de Missão Calebe, pregador, palestrante e, durante quatro anos, ancião jovem. Tudo isso feito com muito amor, muita dedicação e bastante fé, rs. Sempre fui, e sou, um membro favorável à Igreja e a sua missão. Quem acompanhou ou acompanha esse meu histórico sabe que não tenho nenhuma controvérsia intelectual com a IASD e o quanto sou apaixonado pela Igreja.

Talvez a essa altura vocês estejam pensando: Gabriel, se esse cenário é assim, tão bonito, então o que está acontecendo? - Calma! Eu vou explicar...

No ano de 2017, chegou um jovem pastor em meu distrito (a quem respeitosamente irei me referir como "pastor R"). Eu vibrei com a chegada de um pastor tão jovem. Adicionei o tal pastor no Facebook, me apresentei como ancião de uma das igrejas do distrito, e começamos, supunha eu, uma amizade. Conversávamos sempre, e eu buscava envolvê-lo nos assuntos e no ritmo de sua nova igreja, por ser seu primeiro ano no ministério. O vínculo parecia mais interessante por termos idades aproximadas (uns 3 anos de diferença). Eu o admirava bastante pela profundidade de seus sermões e a coerência de suas palestras, pela riqueza da oratória, a erudição... 

Entretanto, não demorou muito até que o pastor R percebesse em mim algo que, por vezes, ele denominou como "um potencial dissidente". Ele visitou meu Facebook e viu fotos de pessoas a quem ele considera dissidentes da IASD (mesmo que ele não tenha nenhuma prova disso). Começou a pesquisar sobre meus amigos, sobre minhas crenças, começou a colher informações aqui e acolá, e então começou a crise: ele descobriu que eu acredito piamente que "por quatro mil anos estivera a raça [humana] a decrescer em forças físicas, vigor mental e moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação." (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 117). Mesmo que eu me esforçasse quase de forma sobre-humana para dizer que creio que "ao tomar sobre Si a natureza do homem em sua decadente condição, Cristo não participou no mínimo que fosse de seu pecado.” (Ellen White, Mensagens Escolhidas 1, p. 256). E, mais, ele descobriu que creio que “é nosso privilégio ser ‘participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo’, então estarmos purificados de todo pecado, todos defeitos de caráter. Não temos que reter nenhuma propensão pecaminosa” (Ellen White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 943). Por volta de abril de 2017, estudamos a Bíblia juntos, os dois, por um período de 6 horas ininterruptas. Na ocasião, cada um pôde deixar claro seu ponto de vista e, mesmo que ao final ele não pudesse apontar nenhum erro no que eu estava dizendo, manteve sua posição de que eu estava errado, e começou a dizer que eu estava agindo contra a Igreja/organização.

O tal pastor então começou uma espécie de cruzada a meu respeito. Começou a me acusar de estar promovendo reuniões separatistas e, diante dos anciãos e secretária da minha igreja, me chamou de "mentiroso", "desonesto" e "indigno de confiança", em voz alta e com expressões faciais muitíssimo alteradas. Pouco tempo depois (por volta de junho de 2017), recebi uma carta notificando um processo disciplinar a meu respeito. Neste período, muitos amigos e familiares me apoiaram e oraram por mim. Preparei minha defesa com base na Bíblia, no Espírito de Profecia, no Manual da Igreja, nas lições de Escola Sabatina e outros livros publicados pela Igreja. Em resumo, foram duas reuniões longas e exaustivas onde minhas crenças foram meticulosamente examinadas pelo pastor e por toda a congregação. Apresentei minha defesa com calma e moderação, da forma mais didática possível. Finalmente, ficou provado que não havia engano, heresia ou desarmonia com a Igreja em meus ensinos. Todos, inclusive o pastor, tiveram oportunidade de ver isso. Permaneci intacto em minha condição de membro e em minha atuação na Igreja. 

Porém, os resultados da atitude do pastor R começaram a aparecer: pessoas começaram a me ligar, mandar mensagens e a me visitar, algumas delas dizendo que o próprio pastor R havia entrado em contato com elas para sondar questões a meu respeito e dizer que eu estava sob observação, que não era seguro receber minha presença e minhas ideias, etc... de lá para cá, as portas dos púlpitos começaram a se fechar para mim. Alguns que se diziam meus amigos agiram como se houvessem tomado ódio de mim e passaram a também divulgar esses boatos a meu respeito. Foi um momento muito novo, estranho e perturbador para mim!

Resumindo, alguns meses após, no último trimestre de 2017, a comissão de nomeações de minha igreja me indicou novamente para ser ancião, mas o pastor rejeitou assinar o relatório da comissão, fazendo com que minha Igreja ficasse sem oficiais até o primeiro mês de 2018. O pastor R estava tão irritado comigo que, numa ocasião, por eu ter cometido um equívoco administrativo, ele simplesmente me mandou ficar calado aos gritos, diante de todos os membros da comissão, negou-me o direito de falar, encerrou a reunião, virou as costas para mim e foi embora. - Ele estava realmente alterado! - Voltando para o assunto da eleição de oficiais, minha igreja defendeu minha causa, os irmãos se manifestaram, meu ancião convocou a Associação, então as posições foram mediadas e o voto de minha Igreja permaneceu. Entretanto, o problema começou a ficar mais intenso: o pastor R não falava comigo, não se dirigia a mim nas comissões, não parecia respeitar ou considerar minha função como ancião na hora de tomar as decisões... começou a ir além das questões meramente teológicas, divulgando outras coisas sobre minha pessoa, assuntos pessoais, que só cabiam a mim e a minha família, como se estivesse apressado para me prejudicar, fazendo com que mais uma enxurrada de boatos, comentários e mentiras a meu respeito viesse à tona, muito pior do que antes. Aconselhou alguns membros que saíssem de minha igreja local e procurassem outra igreja no distrito. Disse que iria reduzir minha igreja a um pequeno grupo para, depois, ele mesmo restaurá-la, livre da tal dissidência (e, de fato, empenhou esforços pra isso). 

Resultado: minha igreja perdeu bastantes membros, alguns saíram por terem sido convencidos de que eu oferecia perigo. Deste tempo para cá, que eu me lembre, só tivemos dois batismos (inclusive, uma das batizadas era minha aluna de discipulado). Atuei como ancião até a primeira metade de 2018, mas a intensidade do problema quase me fez adoecer emocionalmente, então precisei, em nome de minha saúde, deixar o cargo. Enfim, minha influência foi minimizada, meu nome foi espalhado para todos os lugares como sendo desleal à Igreja, minha família está machucada, minha congregação está triste, o pastor R nada tem feito para curar a ferida e desfazer o dano que me causou, pelo contrário, continua semeando boatos a meu respeito. Hoje mesmo já recebi mais uma mensagem de uma igreja desmarcando um evento comigo por ter sido "alertada" pelo pastor R, no último fim de semana. Tirando o fato de que minha figura foi pintada entre os pastores de minha Associação como a de um dissidente realmente, e até os pastores tem alertado suas igrejas a meu respeito.

Então, pergunto aos senhores que tiveram paciência de ler até o final: além de orar e escrever esta publicação, o que mais posso fazer? Serei ainda taxado como um oponente da Igreja a qual dedico minha vida? Sinceramente, amigos, é difícil! Mas, continuo seguindo em frente, com ainda mais fé e vontade. Já estive, mas não estou mais desanimado, não estou mais tão triste como antes. Agora é hora de levantar a cabeça e seguir em frente. A IASD é uma igreja maravilhosa, é a Igreja do Senhor, não tenho dúvidas. Continuo disposto a frequentá-la, a ensinar sua mensagem, a trabalhar em minha igreja local e a zelar pelas 28 crenças disposta em nosso Manual. O pastor R é um candidato à salvação, como eu também sou. Não tenho raiva dele. Eu o amo e o respeito, apesar de estar ciente de sua falta de ética, de consagração e da falta de respeito para com os santos dízimos de que ele se veste e se alimenta para cuidar do rebanho de Deus. Mas, eu espero que ele se arrependa, pois quero vê-lo no Céu, e eu também desejo estar lá. Fico muito triste, apenas, mas espero que isso tudo passe logo.

Obrigado por terem lido! Continuem orando por mim! Farei, depois, uma outra publicação falando a respeito da "CARTA DE RECOMENDAÇÃO". Deus os abençoe!

PUBLICADO NO FACEBOOK, NO DIA 24 DE AGOSTO DE 2018.

domingo, 26 de agosto de 2018

NOTA OFICIAL DO COLÉGIO ADVENTISTA DE CASTELO BRANCO

Sobre o recente vídeo divulgado nas redes sociais envolvendo alunos do Colégio Adventista de Castelo Branco, esclarecemos que:

1. O Colégio Adventista se preocupa e alerta a todos os pais e, também, a sociedade para o dever de todos em zelar pela dignidade e preservar a integridade moral e psíquica de crianças e adolescentes, de acordo com os artigos 5, 17 e 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). É com preocupação que o colégio observa o compartilhamento do vídeo em redes sociais, o que configura uma infração diante do que estabelece o ECA.

2. O Colégio Adventista adota uma posição clara em suas dependências de proteção e cuidado para com todos os seus alunos. Há regulamento interno e há acompanhamento constante, pedagógico e psicológico, para evitar quaisquer tipos de atitudes que representem uma ameaça ao cuidado e a proteção das crianças e dos adolescentes que estudam nessa unidade escolar.

3. O vídeo em questão foi gravado em local fora do ambiente escolar, sem qualquer relação com os espaços dessa unidade de ensino.

4. O Colégio Adventista acredita na integração entre a unidade escolar, a família e a comunidade. Mesmo que o fato tenha ocorrido fora do ambiente escolar, o Colégio iniciou contato com os pais, abrindo um diálogo sobre o ocorrido, para um acompanhamento em conjunto dos fatos.

domingo, 12 de agosto de 2018

PROJETO WHITECOAT

Voluntários do Projeto Whitecoat (1964).

Entre 1954 e 1973, aproximadamente 2.200 membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) dos Estados Unidos da América (EUA) se ofereceram para experimentos de pesquisa médica. Outros 880 colaboraram com o programa como assistentes de laboratório e em outras funções auxiliares. 

Sob o pretexto de que os experimentos não seriam perigosos e protegeriam os EUA da guerra biológica, os capelães adventistas do exército norte-americano recomendaram aos recrutas adventistas que aderissem aos experimentos. A promessa era de que não seriam enviados para serviço militar no exterior. Esse projeto secreto foi denominado "Projeto Whitecoat", e chegou a ser promovido no The Youth's Instructor, a revista publicada para os jovens com o selo da Associação Geral da IASD. 

Contudo, foi revelado em 1969 que o Projeto Whitecoat esteve relacionado a pesquisas para o desenvolvimento de armas biológicas. Por essa razão, o projeto entrou nas manchetes como "a contribuição adventista para a guerra biológica". Seymour Hersh, um premiado jornalista investigativo, denunciou que esse projeto esteve largamente envolvido no desenvolvimento de armas biológicas. Em artigo publicado em dezembro de 1969, Hersh criticou a IASD por ter "elevado o engajamento no Projeto Whitecoat quase a um ato de fé".

É, no entanto, duvidoso que os líderes eclesiásticos estivessem cientes, desde o início, que o Projeto Whitecoat envolvia o desenvolvimento de armas biológicas. Todavia, mais tarde, esse assunto recebeu ampla cobertura da imprensa. Infelizmente, muitos cobaias sofreram problemas de saúde por causa dos experimentos, e alguns morreram prematuramente. 

O fato de a Associação Geral ter encorajado esses jovens recrutas a terem seus corpos deliberadamente enfraquecidos por doenças potencialmente letais demonstrou, na melhor das hipóteses, um juízo extremamente pobre e, na pior das hipóteses, um desejo servil de agradar aos líderes militares e apoiar os seus objetivos escusos. Os adventistas do sétimo dia são obrigados pelas mais enfáticas palavras das Escrituras a serem leais à sua nação (ver Mateus 22:21). No entanto, essa lealdade é anulada se desobedecemos a Deus em qualquer princípio, visto que apenas aqueles que são leais a Deus podem ser irrepreensíveis em sua lealdade à autoridades seculares. Encorajar jovens recrutas a quebrar as leis de saúde para atender aos desejos do governo é totalmente injustificável e não diz respeito a respeito e lealdade, mas sim demonstra uma postura vergonhosa e humilhante. 

Adaptado de Half a Century of Century of Apostasy, p. 263-264.

domingo, 5 de agosto de 2018

CARTA AO REDATOR-CHEFE DA CPB

Ao redator-chefe da Casa Publicadora Brasileira (CPB), o Pr. Marcos De Benedicto (<marcos.benedicto@cpb.com.br>).

Veio a público a informação de que a CPB ameaça mover ação judicial contra o Instituto de Agricultura e Evangelismo - IAGE - pequena editora localizada no interior de Minas Gerais (fonte: Congresso MV). Ora, eu sempre aprendi na igreja que não devemos levar aos tribunais civis as nossas demandas. Assim, criei uma forte convicção de que é preferível suportar o dano a expor desta forma o nome de Deus perante os incrédulos (ver 1 Co 6:6-7). Assim, como explicar que uma instituição da nossa igreja tomou uma atitude dessas? O que os recém-conversos vão pensar dessa atitude truculenta contra leigos que têm desenvolvido um ministério que muitos pastores e obreiros têm omitido?

O IAGE tem feito um excelente trabalho. Já adquiri diversos materiais deles para usar no evangelismo. Já comprei materiais da CPB também, com essa mesma finalidade, mas são materiais caros. O IAGE, por sua vez, não tem fins lucrativos e, por isso, publica O Grande Conflito a R$ 10. Agora a instituição está se preparando para publicar em massa Caminho a Cristo. Esse trabalho é maravilhoso! Eles precisam de apoio, não de processos judiciais.

Estimado pastor, tome as providências para que essa ação seja retirada. O motivo? É incoerente com o que pregamos - não processar os irmãos na fé e espalhar, como folhas de outono, a Verdade Presente. Quero ter a satisfação de contar a todos que a CPB, ao retirar tal ação, tomou uma atitude sábia e cristã. Por favor, pastor, diga-me que tomará tal medida. É um pedido sincero.

Finalmente, deixo uma sugestão. A CPB é uma instituição de Deus, e é guiada por pessoas brilhantes (digo sem qualquer ponta de ironia; sabemos da dimensão dessa editora, e o trabalho que tem feito). Assim, caso o IAGE trabalhe contra a Obra, é fácil solucionar o problema sem recorrer a um método reprovável, qual seja, a Justiça. Sabe qual é a minha sugestão? Produzam os mesmos materiais que eles têm publicado - as edições integrais de O Grande ConflitoCaminho a Cristo e O Ritual do Santuário - por um preço ainda mais em conta do que eles. Assim, rapidamente irão à falência, ou terão que publicar outros livros. Que acha dessa estratégia?

Tenha uma boa semana,

O Atalaia.

sábado, 4 de agosto de 2018

AS SETE TROMBETAS

AS SETE TROMBETAS (Apocalipse 8:7 ao capítulo 9; 11:15-19)

As sete trombetas representam "juízos de advertência"; as seis primeiras estão dispostas em três pares. Não existe consenso em relação à sua interpretação. A divergência maior que verificamos entre os teólogos adventistas diz respeito às primeiras trombetas.

Primeiro par de trombetas

Primeira 🎺
C. Mervin Maxwell, autor de Uma Nova Era segundo as Profecias do Apocalipse, publicado pela CPB, defende que a primeira trombeta diz respeito à destruição da nação judaica pelos romanos, ao final da Revolta Judaica, no ano 70. O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia e a maior parte dos teólogos adventistas, por sua vez, defendem que ela simboliza o saque de Roma pelos visigodos de Alarico, em 410.

Segunda 🎺
Para Maxwell, representa as invasões bárbaras e a queda de Roma; para os demais teólogos adventistas, o saque dos vândalos a Roma, em 455.

Segundo par de trombetas

Terceira 🎺
Para Maxwell, simboliza a decadência da igreja medieval; para os demais teólogos adventistas, o avanço dos hunos.

Quarta 🎺
Para Maxwell, o obscurecimento da verdade e do Tamid; para os demais teólogos adventistas, a queda do Império Romano do Ocidente, em 476.

Terceiro par de trombetas

Quinta 🎺
Refere-se aos árabes muçulmanos, entre 1299 e 1449. A "estrela caída do céu na terra" (Apocalipse 9:1) representa Maomé (570-632). Nesse mesmo verso, a "chave" que recebe representa a queda do rei persa Cosroe II, em 628.

Apocalipse 9:5 - Aplicando o princípio dia-ano aos "cinco meses" mencionados ali, constatamos que o período dessa trombeta vai de 27 de julho de 1299, data da batalha de Bafeu, quando Osman I anunciou a independência do Sultanato de Rum, até 6 de janeiro de 1449, quando se deu a ascensão do último imperador bizantino,  Constantino XI, após a aprovação do sultão Murad II.

Sexta 🎺
Diz respeito aos turcos otomanos, e o "segundo ai" é uma alusão aos juízos dessa trombeta. Os "quatro anjos" de Apocalipse 9:15 referem-se aos sultanatos de Icônio, Alepo, Damasco e Bagdá. A "terça parte dos homens" que eles matam (o que é mencionado no mesmo verso) corresponde à sua conquista do Império Bizantino, o que se completou em 1453. 

Ainda em Apocalipse 9:15, os 391 anos e quinze dias mencionados em linguagem profética correspondem a um período iniciado com a ascensão do imperador bizantino Constantino XI (ver acima), até 11 de agosto de 1840. Nessa data, Abdülmecid I reconheceu o Tratado de Londres de 15 de julho daquele mesmo ano. Esse tratado o reduziu ao nível de fantoche das potências ocidentais. Ver O Grande Conflito, p. 334.

***

Sétima 🎺
O "terceiro ai" se iniciou em 1844, com o início do tempo do fim. As nações mostram-se iradas e se preparam para o Armagedom.

sábado, 14 de julho de 2018

DEVÍAMOS JAMAIS JULGAR OS OUTROS?


por: John M. Fowler
Jesus disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mateus 7:1). Significa isto que não podemos pronunciar julgamento contra o pecado ou disciplinar uma pessoa que agiu erradamente?
A passagem é um dos grandes ditos de Jesus no Sermão da Montanha. Obviamente Jesus não pretendia que não podemos fazer escolhas ou distinções entre o bem e o mal. Nem queria Ele dizer que devíamos tolerar o pecado ou fechar os olhos para lapsos morais. Pois no verso 6 do mesmo capítulo Ele diz: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas”. Este dito implica precisamos fazer julgamentos sobre a definição de um cão ou um porco. Isso quer dizer que a Bíblia nunca proibe uma pessoa ou um grupo distinguir entre o certo e o errado; nem proibe medida disciplinar contra o que é considerado errado, pecaminoso ou inaceitável.
Daí, Paulo em I Coríntios 5 advertir a igreja que trate firmemente “no nome de nosso Senhor Jesus” com um certo indivíduo que tem estado a viver em pecado aberto e instou: “Tirai, pois, de entre vós, a esse iníquo” (versos 1-13).
Assim o dito de Jesus não pode ser compreendido como se significasse que nós como índivíduos ou um grupo de crentes não devêssemos condenar o pecado ou disciplinar os que erram — seja na igreja, na escola ou em família. Nem devia o dito de Jesus ser interpretado como se seres humanos não tivessem o direito de julgar. Se ninguém pudesse julgar a outros, não haveria tribunais, nem um julgamento por quebrar a lei, nenhuma justiça e nenhum castigo. Uma sociedade sem a habilidade de julgar seus membros por violação de sua lei mergulharia no caos e acabaria se destruindo. Mesmo dentro da limitação do conhecimento e da compreensão de humanos, há necessidade de julgamento.
O que o texto proibe, portanto, não é julgamento mas o hábito de julgar — aquela atitude arrogante pela qual a pessoa assume um ar de superioridade sobre outros, comprazendo-se habitualmente em crítica e em nutrir um espírito implacável vis-à-vis de outros enquanto ignora a mesma falta em si, aquela hipocrisia que vê um argueiro no olho de um irmão enquanto é cego à trave em seu próprio olho (verso 3). Ellen White chama de farisaico este espírito de crítica, e aconselha:
“Não vos ponhais como norma. Não façais de vossas opiniões, vossos pontos de vista quanto ao dever, vossas interpretações da Escritura, um critério para outros, condenando-os em vosso coração se não atingem vosso ideal. Não critiqueis a outros, conjeturando os seus motivos, e formando juízos” (O Maior Discurso de Cristo, pág. 124).
Embora devamos nos resguardar do espírito de crítica, não devemos deixar de proteger a saúde moral e espiritual do corpo de Cristo, que inclui a nós também. É por isso que Jesus advertiu em Mateus 7: “Acautelai-vos… dos falsos profetas….Por seus frutos os conhecereis” (versos 15-20). Proteger-se de falsos profetas e examinar a natureza dos “frutos” que as pessoas produzem envolve um discernimento espiritual que é diferente do hábito de criticar e censurar. Uma linha clara precisa ser traçada entre avaliação ética e crítica motivada, entre censura visando condenação e disciplina visando redenção.
Jesus ainda nos adverte contra sermos juízes zelosos sobre outros. A Bíblia freqüentemente usa as palavras julgar ou julgamento em termos da salvação final de um ser humano. Somos excluídos dessa área. “Não julgueis” certamente nos proíbe pronunciar julgamento quanto à salvação final de um indivíduo, não importa quão pecaminoso ele seja. A aptidão de uma pessoa para a vida eterna é algo que será decidido somente por Deus.

John M. Fowler (Ed.D., Andrews University) é diretor associado de educação para a Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia e editor da revista Diálogo Universitário.