segunda-feira, 27 de agosto de 2018

DESABAFO DO ATALAIA GABRIEL TARDIN

Olá, amigos!

Há pouco mais de um ano tenho recebido mensagens, ligações e até visitas pessoais de irmãos amigos meus que ouviram dizer que estou em rebelião contra minha Igreja, que estou sob censura, proibido de pregar, cantar ou exercer qualquer atividade na Igreja. A princípio, senti ser seguro não me manifestar a respeito do assunto. Pensei que devia esperar mais um tempo e ver onde toda essa situação iria chegar. Porém, a coisa foi se agravando, e finalmente passei pela dolorosa experiência de ser realmente impedido, não oficialmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas por alguns líderes locais que ouviram o boato de que estou sob censura e/ou de que estou ensinando heresias. Algumas igrejas precisaram recolher cartazes que continham minha foto e desmarcar os eventos que eu participaria. Confesso que foi (e está sendo) um processo muito doloroso, mas vou tentar resumir nesse texto como e por que essa história começou, como se desenrolou, como estou agora e o que penso de tudo isso. Hesitei, protelei, relutei muito para escrever, pois não gosto desse tipo de exposição, nem gosto de falar publicamente sobre os problemas que acontecem na igreja. Mas, depois de ter sido tão exposto, tão difamado e tão prejudicado, penso ser meu dever me manifestar. Que cada um leia e tire suas próprias conclusões!

Sou um jovem morador da Baixada Fluminense/RJ, psicólogo, solteiro, e nascido em família adventista do sétimo dia. Ao nascer, fui dedicado a Deus na IASD Tomazinho, onde recebi minhas primeiras impressões e ensinamentos sobre Deus e religião. Fiz meu primeiro sermão aos 7 anos de idade. Fui aventureiro e desbravador. Afastei-me da Igreja aos 14 anos, retornei aos 18, e permaneço aos 26, sem a mínima pretensão de sair. Ao longo desse pequeno tempo já atuei como diretor de ministério pessoal, diretor de saúde, professor e diretor de escola sabatina, diretor jovem, líder de pequenos grupos, diretor de música, regente de coral, membro de quartetos, evangelista, obreiro bíblico, líder de Missão Calebe, pregador, palestrante e, durante quatro anos, ancião jovem. Tudo isso feito com muito amor, muita dedicação e bastante fé, rs. Sempre fui, e sou, um membro favorável à Igreja e a sua missão. Quem acompanhou ou acompanha esse meu histórico sabe que não tenho nenhuma controvérsia intelectual com a IASD e o quanto sou apaixonado pela Igreja.

Talvez a essa altura vocês estejam pensando: Gabriel, se esse cenário é assim, tão bonito, então o que está acontecendo? - Calma! Eu vou explicar...

No ano de 2017, chegou um jovem pastor em meu distrito (a quem respeitosamente irei me referir como "pastor R"). Eu vibrei com a chegada de um pastor tão jovem. Adicionei o tal pastor no Facebook, me apresentei como ancião de uma das igrejas do distrito, e começamos, supunha eu, uma amizade. Conversávamos sempre, e eu buscava envolvê-lo nos assuntos e no ritmo de sua nova igreja, por ser seu primeiro ano no ministério. O vínculo parecia mais interessante por termos idades aproximadas (uns 3 anos de diferença). Eu o admirava bastante pela profundidade de seus sermões e a coerência de suas palestras, pela riqueza da oratória, a erudição... 

Entretanto, não demorou muito até que o pastor R percebesse em mim algo que, por vezes, ele denominou como "um potencial dissidente". Ele visitou meu Facebook e viu fotos de pessoas a quem ele considera dissidentes da IASD (mesmo que ele não tenha nenhuma prova disso). Começou a pesquisar sobre meus amigos, sobre minhas crenças, começou a colher informações aqui e acolá, e então começou a crise: ele descobriu que eu acredito piamente que "por quatro mil anos estivera a raça [humana] a decrescer em forças físicas, vigor mental e moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação." (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 117). Mesmo que eu me esforçasse quase de forma sobre-humana para dizer que creio que "ao tomar sobre Si a natureza do homem em sua decadente condição, Cristo não participou no mínimo que fosse de seu pecado.” (Ellen White, Mensagens Escolhidas 1, p. 256). E, mais, ele descobriu que creio que “é nosso privilégio ser ‘participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo’, então estarmos purificados de todo pecado, todos defeitos de caráter. Não temos que reter nenhuma propensão pecaminosa” (Ellen White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 943). Por volta de abril de 2017, estudamos a Bíblia juntos, os dois, por um período de 6 horas ininterruptas. Na ocasião, cada um pôde deixar claro seu ponto de vista e, mesmo que ao final ele não pudesse apontar nenhum erro no que eu estava dizendo, manteve sua posição de que eu estava errado, e começou a dizer que eu estava agindo contra a Igreja/organização.

O tal pastor então começou uma espécie de cruzada a meu respeito. Começou a me acusar de estar promovendo reuniões separatistas e, diante dos anciãos e secretária da minha igreja, me chamou de "mentiroso", "desonesto" e "indigno de confiança", em voz alta e com expressões faciais muitíssimo alteradas. Pouco tempo depois (por volta de junho de 2017), recebi uma carta notificando um processo disciplinar a meu respeito. Neste período, muitos amigos e familiares me apoiaram e oraram por mim. Preparei minha defesa com base na Bíblia, no Espírito de Profecia, no Manual da Igreja, nas lições de Escola Sabatina e outros livros publicados pela Igreja. Em resumo, foram duas reuniões longas e exaustivas onde minhas crenças foram meticulosamente examinadas pelo pastor e por toda a congregação. Apresentei minha defesa com calma e moderação, da forma mais didática possível. Finalmente, ficou provado que não havia engano, heresia ou desarmonia com a Igreja em meus ensinos. Todos, inclusive o pastor, tiveram oportunidade de ver isso. Permaneci intacto em minha condição de membro e em minha atuação na Igreja. 

Porém, os resultados da atitude do pastor R começaram a aparecer: pessoas começaram a me ligar, mandar mensagens e a me visitar, algumas delas dizendo que o próprio pastor R havia entrado em contato com elas para sondar questões a meu respeito e dizer que eu estava sob observação, que não era seguro receber minha presença e minhas ideias, etc... de lá para cá, as portas dos púlpitos começaram a se fechar para mim. Alguns que se diziam meus amigos agiram como se houvessem tomado ódio de mim e passaram a também divulgar esses boatos a meu respeito. Foi um momento muito novo, estranho e perturbador para mim!

Resumindo, alguns meses após, no último trimestre de 2017, a comissão de nomeações de minha igreja me indicou novamente para ser ancião, mas o pastor rejeitou assinar o relatório da comissão, fazendo com que minha Igreja ficasse sem oficiais até o primeiro mês de 2018. O pastor R estava tão irritado comigo que, numa ocasião, por eu ter cometido um equívoco administrativo, ele simplesmente me mandou ficar calado aos gritos, diante de todos os membros da comissão, negou-me o direito de falar, encerrou a reunião, virou as costas para mim e foi embora. - Ele estava realmente alterado! - Voltando para o assunto da eleição de oficiais, minha igreja defendeu minha causa, os irmãos se manifestaram, meu ancião convocou a Associação, então as posições foram mediadas e o voto de minha Igreja permaneceu. Entretanto, o problema começou a ficar mais intenso: o pastor R não falava comigo, não se dirigia a mim nas comissões, não parecia respeitar ou considerar minha função como ancião na hora de tomar as decisões... começou a ir além das questões meramente teológicas, divulgando outras coisas sobre minha pessoa, assuntos pessoais, que só cabiam a mim e a minha família, como se estivesse apressado para me prejudicar, fazendo com que mais uma enxurrada de boatos, comentários e mentiras a meu respeito viesse à tona, muito pior do que antes. Aconselhou alguns membros que saíssem de minha igreja local e procurassem outra igreja no distrito. Disse que iria reduzir minha igreja a um pequeno grupo para, depois, ele mesmo restaurá-la, livre da tal dissidência (e, de fato, empenhou esforços pra isso). 

Resultado: minha igreja perdeu bastantes membros, alguns saíram por terem sido convencidos de que eu oferecia perigo. Deste tempo para cá, que eu me lembre, só tivemos dois batismos (inclusive, uma das batizadas era minha aluna de discipulado). Atuei como ancião até a primeira metade de 2018, mas a intensidade do problema quase me fez adoecer emocionalmente, então precisei, em nome de minha saúde, deixar o cargo. Enfim, minha influência foi minimizada, meu nome foi espalhado para todos os lugares como sendo desleal à Igreja, minha família está machucada, minha congregação está triste, o pastor R nada tem feito para curar a ferida e desfazer o dano que me causou, pelo contrário, continua semeando boatos a meu respeito. Hoje mesmo já recebi mais uma mensagem de uma igreja desmarcando um evento comigo por ter sido "alertada" pelo pastor R, no último fim de semana. Tirando o fato de que minha figura foi pintada entre os pastores de minha Associação como a de um dissidente realmente, e até os pastores tem alertado suas igrejas a meu respeito.

Então, pergunto aos senhores que tiveram paciência de ler até o final: além de orar e escrever esta publicação, o que mais posso fazer? Serei ainda taxado como um oponente da Igreja a qual dedico minha vida? Sinceramente, amigos, é difícil! Mas, continuo seguindo em frente, com ainda mais fé e vontade. Já estive, mas não estou mais desanimado, não estou mais tão triste como antes. Agora é hora de levantar a cabeça e seguir em frente. A IASD é uma igreja maravilhosa, é a Igreja do Senhor, não tenho dúvidas. Continuo disposto a frequentá-la, a ensinar sua mensagem, a trabalhar em minha igreja local e a zelar pelas 28 crenças disposta em nosso Manual. O pastor R é um candidato à salvação, como eu também sou. Não tenho raiva dele. Eu o amo e o respeito, apesar de estar ciente de sua falta de ética, de consagração e da falta de respeito para com os santos dízimos de que ele se veste e se alimenta para cuidar do rebanho de Deus. Mas, eu espero que ele se arrependa, pois quero vê-lo no Céu, e eu também desejo estar lá. Fico muito triste, apenas, mas espero que isso tudo passe logo.

Obrigado por terem lido! Continuem orando por mim! Farei, depois, uma outra publicação falando a respeito da "CARTA DE RECOMENDAÇÃO". Deus os abençoe!

PUBLICADO NO FACEBOOK, NO DIA 24 DE AGOSTO DE 2018.

domingo, 26 de agosto de 2018

NOTA OFICIAL DO COLÉGIO ADVENTISTA DE CASTELO BRANCO

Sobre o recente vídeo divulgado nas redes sociais envolvendo alunos do Colégio Adventista de Castelo Branco, esclarecemos que:

1. O Colégio Adventista se preocupa e alerta a todos os pais e, também, a sociedade para o dever de todos em zelar pela dignidade e preservar a integridade moral e psíquica de crianças e adolescentes, de acordo com os artigos 5, 17 e 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). É com preocupação que o colégio observa o compartilhamento do vídeo em redes sociais, o que configura uma infração diante do que estabelece o ECA.

2. O Colégio Adventista adota uma posição clara em suas dependências de proteção e cuidado para com todos os seus alunos. Há regulamento interno e há acompanhamento constante, pedagógico e psicológico, para evitar quaisquer tipos de atitudes que representem uma ameaça ao cuidado e a proteção das crianças e dos adolescentes que estudam nessa unidade escolar.

3. O vídeo em questão foi gravado em local fora do ambiente escolar, sem qualquer relação com os espaços dessa unidade de ensino.

4. O Colégio Adventista acredita na integração entre a unidade escolar, a família e a comunidade. Mesmo que o fato tenha ocorrido fora do ambiente escolar, o Colégio iniciou contato com os pais, abrindo um diálogo sobre o ocorrido, para um acompanhamento em conjunto dos fatos.

domingo, 12 de agosto de 2018

PROJETO WHITECOAT

Voluntários do Projeto Whitecoat (1964).

Entre 1954 e 1973, aproximadamente 2.200 membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) dos Estados Unidos da América (EUA) se ofereceram para experimentos de pesquisa médica. Outros 880 colaboraram com o programa como assistentes de laboratório e em outras funções auxiliares. 

Sob o pretexto de que os experimentos não seriam perigosos e protegeriam os EUA da guerra biológica, os capelães adventistas do exército norte-americano recomendaram aos recrutas adventistas que aderissem aos experimentos. A promessa era de que não seriam enviados para serviço militar no exterior. Esse projeto secreto foi denominado "Projeto Whitecoat", e chegou a ser promovido no The Youth's Instructor, a revista publicada para os jovens com o selo da Associação Geral da IASD. 

Contudo, foi revelado em 1969 que o Projeto Whitecoat esteve relacionado a pesquisas para o desenvolvimento de armas biológicas. Por essa razão, o projeto entrou nas manchetes como "a contribuição adventista para a guerra biológica". Seymour Hersh, um premiado jornalista investigativo, denunciou que esse projeto esteve largamente envolvido no desenvolvimento de armas biológicas. Em artigo publicado em dezembro de 1969, Hersh criticou a IASD por ter "elevado o engajamento no Projeto Whitecoat quase a um ato de fé".

É, no entanto, duvidoso que os líderes eclesiásticos estivessem cientes, desde o início, que o Projeto Whitecoat envolvia o desenvolvimento de armas biológicas. Todavia, mais tarde, esse assunto recebeu ampla cobertura da imprensa. Infelizmente, muitos cobaias sofreram problemas de saúde por causa dos experimentos, e alguns morreram prematuramente. 

O fato de a Associação Geral ter encorajado esses jovens recrutas a terem seus corpos deliberadamente enfraquecidos por doenças potencialmente letais demonstrou, na melhor das hipóteses, um juízo extremamente pobre e, na pior das hipóteses, um desejo servil de agradar aos líderes militares e apoiar os seus objetivos escusos. Os adventistas do sétimo dia são obrigados pelas mais enfáticas palavras das Escrituras a serem leais à sua nação (ver Mateus 22:21). No entanto, essa lealdade é anulada se desobedecemos a Deus em qualquer princípio, visto que apenas aqueles que são leais a Deus podem ser irrepreensíveis em sua lealdade à autoridades seculares. Encorajar jovens recrutas a quebrar as leis de saúde para atender aos desejos do governo é totalmente injustificável e não diz respeito a respeito e lealdade, mas sim demonstra uma postura vergonhosa e humilhante. 

Adaptado de Half a Century of Century of Apostasy, p. 263-264.

domingo, 5 de agosto de 2018

CARTA AO REDATOR-CHEFE DA CPB

Ao redator-chefe da Casa Publicadora Brasileira (CPB), o Pr. Marcos De Benedicto (<marcos.benedicto@cpb.com.br>).

Veio a público a informação de que a CPB ameaça mover ação judicial contra o Instituto de Agricultura e Evangelismo - IAGE - pequena editora localizada no interior de Minas Gerais (fonte: Congresso MV). Ora, eu sempre aprendi na igreja que não devemos levar aos tribunais civis as nossas demandas. Assim, criei uma forte convicção de que é preferível suportar o dano a expor desta forma o nome de Deus perante os incrédulos (ver 1 Co 6:6-7). Assim, como explicar que uma instituição da nossa igreja tomou uma atitude dessas? O que os recém-conversos vão pensar dessa atitude truculenta contra leigos que têm desenvolvido um ministério que muitos pastores e obreiros têm omitido?

O IAGE tem feito um excelente trabalho. Já adquiri diversos materiais deles para usar no evangelismo. Já comprei materiais da CPB também, com essa mesma finalidade, mas são materiais caros. O IAGE, por sua vez, não tem fins lucrativos e, por isso, publica O Grande Conflito a R$ 10. Agora a instituição está se preparando para publicar em massa Caminho a Cristo. Esse trabalho é maravilhoso! Eles precisam de apoio, não de processos judiciais.

Estimado pastor, tome as providências para que essa ação seja retirada. O motivo? É incoerente com o que pregamos - não processar os irmãos na fé e espalhar, como folhas de outono, a Verdade Presente. Quero ter a satisfação de contar a todos que a CPB, ao retirar tal ação, tomou uma atitude sábia e cristã. Por favor, pastor, diga-me que tomará tal medida. É um pedido sincero.

Finalmente, deixo uma sugestão. A CPB é uma instituição de Deus, e é guiada por pessoas brilhantes (digo sem qualquer ponta de ironia; sabemos da dimensão dessa editora, e o trabalho que tem feito). Assim, caso o IAGE trabalhe contra a Obra, é fácil solucionar o problema sem recorrer a um método reprovável, qual seja, a Justiça. Sabe qual é a minha sugestão? Produzam os mesmos materiais que eles têm publicado - as edições integrais de O Grande ConflitoCaminho a Cristo e O Ritual do Santuário - por um preço ainda mais em conta do que eles. Assim, rapidamente irão à falência, ou terão que publicar outros livros. Que acha dessa estratégia?

Tenha uma boa semana,

O Atalaia.

sábado, 4 de agosto de 2018

AS SETE TROMBETAS

AS SETE TROMBETAS (Apocalipse 8:7 ao capítulo 9; 11:15-19)

As sete trombetas representam "juízos de advertência"; as seis primeiras estão dispostas em três pares. Não existe consenso em relação à sua interpretação. A divergência maior que verificamos entre os teólogos adventistas diz respeito às primeiras trombetas.

Primeiro par de trombetas

Primeira 🎺
C. Mervin Maxwell, autor de Uma Nova Era segundo as Profecias do Apocalipse, publicado pela CPB, defende que a primeira trombeta diz respeito à destruição da nação judaica pelos romanos, ao final da Revolta Judaica, no ano 70. O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia e a maior parte dos teólogos adventistas, por sua vez, defendem que ela simboliza o saque de Roma pelos visigodos de Alarico, em 410.

Segunda 🎺
Para Maxwell, representa as invasões bárbaras e a queda de Roma; para os demais teólogos adventistas, o saque dos vândalos a Roma, em 455.

Segundo par de trombetas

Terceira 🎺
Para Maxwell, simboliza a decadência da igreja medieval; para os demais teólogos adventistas, o avanço dos hunos.

Quarta 🎺
Para Maxwell, o obscurecimento da verdade e do Tamid; para os demais teólogos adventistas, a queda do Império Romano do Ocidente, em 476.

Terceiro par de trombetas

Quinta 🎺
Refere-se aos árabes muçulmanos, entre 1299 e 1449. A "estrela caída do céu na terra" (Apocalipse 9:1) representa Maomé (570-632). Nesse mesmo verso, a "chave" que recebe representa a queda do rei persa Cosroe II, em 628.

Apocalipse 9:5 - Aplicando o princípio dia-ano aos "cinco meses" mencionados ali, constatamos que o período dessa trombeta vai de 27 de julho de 1299, data da batalha de Bafeu, quando Osman I anunciou a independência do Sultanato de Rum, até 6 de janeiro de 1449, quando se deu a ascensão do último imperador bizantino,  Constantino XI, após a aprovação do sultão Murad II.

Sexta 🎺
Diz respeito aos turcos otomanos, e o "segundo ai" é uma alusão aos juízos dessa trombeta. Os "quatro anjos" de Apocalipse 9:15 referem-se aos sultanatos de Icônio, Alepo, Damasco e Bagdá. A "terça parte dos homens" que eles matam (o que é mencionado no mesmo verso) corresponde à sua conquista do Império Bizantino, o que se completou em 1453. 

Ainda em Apocalipse 9:15, os 391 anos e quinze dias mencionados em linguagem profética correspondem a um período iniciado com a ascensão do imperador bizantino Constantino XI (ver acima), até 11 de agosto de 1840. Nessa data, Abdülmecid I reconheceu o Tratado de Londres de 15 de julho daquele mesmo ano. Esse tratado o reduziu ao nível de fantoche das potências ocidentais. Ver O Grande Conflito, p. 334.

***

Sétima 🎺
O "terceiro ai" se iniciou em 1844, com o início do tempo do fim. As nações mostram-se iradas e se preparam para o Armagedom.