Barack Obama, na primeira reunião privada com o papa Francisco (27/03/2014). Na ocasião, o então presidente norte-americano se declarou "um grande admirador" do pontífice romano. Quando Ellen G. White escreveu O Conflito dos Séculos, um encontro entre um presidente americano e o papa seria inimaginável.
Quem já leu o clássico de Ellen G. White O Conflito dos Séculos (também conhecido como O Grande Conflito) sabe que a Mensageira do Senhor registrou que no fim dos tempos o papado (a besta que sobe do mar de Ap 13) se aliaria aos Estados Unidos da América (a besta que sobe da terra de Ap 13), sendo estes a grande potência mundial. E mais: isso ocorreria por incitação das igrejas protestantes americanas. Ora, nada disso fazia o menor sentido em 1858, quando o livro foi escrito. Os Estados Unidos eram ainda uma nação em construção, guerreando contra índios, e em alguns casos chegando mesmo a sofrer derrotas para eles (por exemplo, em 1876, todo um destacamento de cavalaria do general Custer foi esmagado pelos sioux liderados pelo "Touro Sentado").
Por outro lado, a Grã-Bretanha era então "o império onde o sol nunca se põe", e os protestantes americanos eram absolutamente avessos ao papado. Assim, nada mais absurdo do que a interpretação adventista de Apocalipse 13. Só no final do século XX, com a desintegração da União Soviética, os Estados Unidos restaram como única potência mundial, cada vez mais próxima do papado (à época, liderado pelo carismático João Paulo II). Leia O Dia do Dragão, de Clifford Goldstein, e compreenda melhor essa história.
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