Em 2012, a Casa Publicadora Brasileira (CPB) lançou A Busca (título original: Hunger: Satisfying the Longing of Your Soul), do autor Jon Dybdahl. A Busca é uma das maiores abominações da literatura recentemente lançada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) dos Estados Unidos. Pelo seu teor, é comparável ao livro do Dr. Kellog, The Living Temple ("O Templo Vivo"). criticado duramente por Ellen G. White em Mensagens Escolhidas, vol. 1, capítulos 24 ("O Alfa e o Ômega") e 25 ("Os alicerces de Nossa Fé").
Voltando ao livro A Busca, cumpre destacar que seu autor cita e recomenda Richard J. Foster e Thomas R. Kelly, cujos escritos têm o selo do panteísmo da Nova Era.
A Busca já começa com um tom místico: "As pessoas não querem apenas saber coisas a respeito de Deus; elas querem tocá-Lo, senti-lo e experimentá-Lo. (...) Já senti essa fome; por isso, consigo entendê-la muito bem" (p. 11, todos os grifos são nossos). Tais palavras seguem bem o espírito do movimento da Igreja Emergente, que deixa de lado o ensino bíblico distintivo e enfatiza a experiência espiritualista do indivíduo.
A seguir, compara o cristianismo a outras religiões. Além de sua indisfarçada queda pelo ecumenismo, não esconde sua admiração pelo misticismo e pelas religiões orientais:
"Geralmente, usamos declarações de fé para explicar nosso tipo de religião. (...) Todas essas tentativas refletem uma definição implícita de religião primariamente cognitiva e intelectual.
"Geralmente, usamos declarações de fé para explicar nosso tipo de religião. (...) Todas essas tentativas refletem uma definição implícita de religião primariamente cognitiva e intelectual.
(...) Os muçulmanos se definem por meio de cinco pilares. O primeiro pilar confessa que Allah é único e que Maomé é Seu profeta. Os outros quatro tratam de assuntos da vida espiritual em vez de doutrinas. (...) Isto é, para os muçulmanos, a religião inclui um pouco de doutrina, mas tem muito mais que ver com a vida espiritual que com crenças espirituais.
Muitos hindus e budistas descrevem seu tipo de religião com base no modelo de meditação que praticam. Todas essas religiões não cristãs, segundo seus próprios costumes, veem a religião muito mais como uma experiência devocional ou espiritual do que como uma ideia ou filosofia.
Assim, não é de se estranhar que muitos cristãos sintam fome de Deus, já que sua definição de religião os afasta (geralmente de forma inconsciente) do princípio da vida espiritual." (p. 14)
Vamos analisar por partes essa citação. Em primeiro lugar, o CRISTIANISMO é comumente compreendido como uma "religião primariamente cognitiva e intelectual", o que explica a importância da aceitação de um corpo de doutrinas por parte do novo converso.
Em segundo lugar, Jon Dybdahl destaca como o ISLAMISMO, o HINDUÍSMO e o BUDISMO constituem-se como religiões essencialmente "espiritualistas" ou "devocionais" (sobretudo as duas últimas, estreitamente ligadas à ideia da meditação).
Por fim, após contrastar o cristianismo ao islamismo, o hinduísmo e o budismo, o autor de A Busca conclui que os cristãos sentem uma "fome de Deus" (ou seja, um VAZIO ESPIRITUAL) por viverem uma religião "intelectualizada". Os muçulmanos, hindus e budistas, por outro lado, por entenderem a relação com o transcendente como essencialmente uma "experiência devocional", experimentam uma experiência religiosa real, satisfatória e completa. Por isso, a prática religiosa dos muçulmanos, hindus e budistas deveria nos servir de exemplo.
A proximidade e admiração do autor pelas religiões orientais ficam novamente evidentes quando ele menciona que seguiu um professor de budismo pelo campus da universidade e percebeu que ele meditava e orava enquanto media seus passos (que coisa estranha, "medir" os passos...). Então, Jon pergunta-se sobre a razão de os cristãos não fazerem isso com frequência (p. 57).
"Recentemente, durante um seminário, um grupo de pessoas e eu passamos parte do tempo contemplando um quadro do jovem rico. Tivemos uma experiência revigorante." (p. 58)
Em segundo lugar, Jon Dybdahl destaca como o ISLAMISMO, o HINDUÍSMO e o BUDISMO constituem-se como religiões essencialmente "espiritualistas" ou "devocionais" (sobretudo as duas últimas, estreitamente ligadas à ideia da meditação).
Por fim, após contrastar o cristianismo ao islamismo, o hinduísmo e o budismo, o autor de A Busca conclui que os cristãos sentem uma "fome de Deus" (ou seja, um VAZIO ESPIRITUAL) por viverem uma religião "intelectualizada". Os muçulmanos, hindus e budistas, por outro lado, por entenderem a relação com o transcendente como essencialmente uma "experiência devocional", experimentam uma experiência religiosa real, satisfatória e completa. Por isso, a prática religiosa dos muçulmanos, hindus e budistas deveria nos servir de exemplo.
A proximidade e admiração do autor pelas religiões orientais ficam novamente evidentes quando ele menciona que seguiu um professor de budismo pelo campus da universidade e percebeu que ele meditava e orava enquanto media seus passos (que coisa estranha, "medir" os passos...). Então, Jon pergunta-se sobre a razão de os cristãos não fazerem isso com frequência (p. 57).
"Recentemente, durante um seminário, um grupo de pessoas e eu passamos parte do tempo contemplando um quadro do jovem rico. Tivemos uma experiência revigorante." (p. 58)
Dentre os "inúmeros métodos de meditação", destaca dois como dignos de serem seguidos. O primeiro é uma variação da lectio divina (p. 68). Ora, a lectio divina é uma das principais técnicas das práticas espirituais da Companhia de Jesus, os jesuítas.
O segundo método usa a visualização. O objetivo é "dar vida" à Palavra de Deus e à natureza. Uma de suas alunas, ao meditar a partir da visualização, "imaginou que estava ninando o Salvador do mundo." (p. 71)
Jon Dybdahl incentiva ainda a busca por guias espirituais, aos quais chama de "amigos de fé". A orientação pode vir de "um cônjuge sensível" ou um "sábio líder espiritual". Baseia-se no livro Celebração da Disciplina, de Richard Foster (p. 82).
Ainda dedicaremos um post ao tratamento que o livro dá ao tema da música. Por enquanto vamos finalizar com essa citação (o itálico consta no original): "Não jejue sem ter um propósito e sem incluir outras disciplinas espirituais nessa prática" (p. 100).
DYBDAHL, Jon L. A Busca - O Caminho para a Satisfação Espiritual. Tradução de Islana F. Costa. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012.
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