Só recebe perdão quem o busca. Só devemos perdoar a quem o pede. Assim também é entre o pecador e o Pai celestial. A Bíblia é clara:
"E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe." Lucas 17:4 (ACF)
Não que precisemos guardar mágoas e sofrer, mas sim perdoar em nosso coração. Por outro lado, também não devemos dizer que perdoamos alguém se essa pessoa não se arrependeu e não pediu perdão. Soa muito tocante a declaração de Erika Kirk: "Eu perdoo o assassino do meu marido, Charlie Kirk." Porém, tal declaração não é bíblica, uma vez que o assassino não pediu perdão.
Essa crença está relacionada com o universalismo, segundo o qual, todos afinal serão perdoados e irão para o céu. Ellen G. White combate essa crença no livro O Grande Conflito, capítulo 33.
Mateus 18:15-17 indica o procedimento se nosso irmão pecar contra nós: ir sozinho, tentar corrigi-lo; se não funcionar, voltar a ter com ele acompanhado com testemunhas; por fim, levar o caso à igreja "e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano." Mt 18:17 (ACF).
Ou seja, algo muda no relacionamento. Não é dito para ficar tentando cumprir esse procedimento sem parar, mas fazer uma vez esse passo a passo. E sempre devemos estar dispostos a oferecer o perdão, se a outra parte o buscar.
Jesus orou: "Pai, perdoa-lhes." Essa também deve ser nossa oração ao Pai. Jesus não disse aos que o maltratavam: "Eu lhes perdoo." O Pai só perdoaria se eles, de fato, se arrependessem. Ellen G. White comenta o episódio: "Alguns, por sua impenitência, tornariam, a seu respeito, uma impossibilidade o deferimento da súplica de Jesus." DTN 527.1
"Cristo não perdoa ninguém, exceto o arrependido." Ellen G. White, ST 13 de março de 1893, parágrafo 5.
Daniel Silveira
