EGW DEIXOU DE SER A "MENSAGEIRA DO SENHOR"

Pelo menos no texto do Manual da Igreja (edição de 2015) em uso é assim: Ellen G. White não é mais mencionada como a "Mensageira do Senhor". Uma leitura atenta dos textos dos manuais de 2005 e de 2015, revelará também que desapareceu a referência a ela como uma "contínua e autorizada fonte de verdade". 

Além disso, na versão de 2005 o Espírito de Profecia é mencionado como "um sinal IDENTIFICADOR da igreja remanescente" (destaque nosso), enquanto que em 2015 ele passou a ser mencionado apenas como "uma característica da igreja remanescente". Não bastassem as sucessivas alterações no voto batismal - o que já é amplamente conhecido - também está em curso uma diluição de nossas verdades distintivas nos textos das nossas crenças fundamentais.

A foto acima foi tirada do livro Quando Deus Fala, publicado pela CPB e organizado por Alberto R. Timm e Dwain N. Esmond. Compreenda melhor a gravidade desse problema ao ler o artigo A NEUTRALIZAÇÃO DO ADVENTISMO.

173 ANOS APÓS O GRANDE DESAPONTAMENTO

Em agosto de 1844, na Campal de Exeter, New Hampshire, os estudos de Samuel Snow (1806-1870) dariam novo ânimo ao movimento milerita. O movimento já havia sofrido um desapontamento na primavera desse ano, mas entre os meses de setembro e outubro, todos os líderes mileritas (ou quase todos - Nathaniel Whiting foi uma exceção) se convenceram de que estavam diante do "Verdadeiro Clamor da Meia-Noite". A tão sonhada parousia ocorreria, de acordo com os cálculos dos judeus caraítas, no dia 22 de outubro de 1844, o décimo dia do sétimo mês. 

O curto período que antecedeu a tão esperada data foi marcado por reações distintas. Da parte de alguns mileritas, o fanatismo representou um péssimo testemunho. A imprensa não adventista aproveita-se disso para manter suas críticas impiedosas. Ao mesmo tempo, a violência antimilerita alcançava um nível extremo, com turbas tentando impedir reuniões de crentes no advento em vários lugares. Apesar de tudo isso, no tempo imediatamente precedente ao dia 22 de outubro, enquanto alguns não adventistas foram tomados de um medo aterrorizante de que Miller pudesse estar correto em sua interpretação, a maioria dos adventistas gozou de grande tranquilidade mental. Logo todos estariam libertos do vale escuro desta Terra, e poderia abraçar seus queridos, como Carlos Fitch (1805-1844), um dos obreiros mais fiéis do milerismo, falecido dias antes após batizar incansavelmente um grupo de crentes no gélido Lago Erie, em Buffalo, Nova York.

Contudo, Jesus não voltou. Todos permaneciam na Terra, e o desapontamento que se seguiu foi muito mais devastador do que o da primavera, e não somente porque foi o segundo. Foi terrível porque os adventistas depositaram todas as esperanças em uma data específica, a ponto de vários abrirem mão de todos os seus bens. Em 24 de outubro, Josiah Litch (1809-1886) escreveu a William Miller (1782-1849): "É um dia nublado e escuro aqui - as ovelhas estão dispersas - e o Senhor ainda não veio."

173 anos após o Grande Desapontamento e o início do ministério de nosso Sumo Sacerdote no Lugar Santíssimo do Santuário Celestial, o dia permanece "nublado e escuro". E permanecerá assim até que, por fim, nosso Redentor se levante sobre a Terra (Jó 19:25). Não percamos a esperança. Sigamos firmes até aquela "manhã radiosa".       

A CABEÇA DA FAMÍLIA

No anúncio de sua saída da IASD, gravado pela professora Paula Marisa, algo nos chamou a atenção. Ela se diz cansada de pastores que dizem que em casa "quem manda é a mulher". Ora, O Atalaia também está cansado disso. Trata-se de uma mensagem "politicamente correta", mas que nada mais é do que feminismo mal disfarçado. Assim, compartilhamos a seguinte citação do Espírito de Profecia, para que não reste mais qualquer dúvida sobre quem deve ser a cabeça da família":

"O marido é a cabeça da família, como Cristo é a cabeça da igreja; e qualquer direção seguida pela esposa no sentido de diminuir-lhe a influência e fazê-lo descer daquela posição de dignidade e responsabilidade, é desagradável a Deus. É dever da esposa ceder seus desejos e sua vontade ao marido. Ambos devem estar dispostos a ceder, mas a Palavra de Deus dá preferência ao juízo do esposo." Testemunhos Seletos, vol. 1, p. 105.

PAULA MARISA ANUNCIA SUA SAÍDA DA IASD

Infelizmente, tudo indicava que esse dia iria chegar. O Atalaia já havia compartilhado o vídeo da professora sobre o feminismo na Novo Tempo; seu relato é uma denúncia contundente sobre a censura e a perseguição dentro da igreja. É pena que a hipocrisia esteja tão disseminada entre nós... ao invés de incentivar quem prega a verdade, a Organização preocupa-se mais com a sua imagem (um desses hipócritas é o Michelson Borges, que retirou a entre vista da Prof.ª Paula Marisa de seu blog. Contudo, você pode lê-la no site Religião Pura). Mas, em tempo de massificação do acesso à internet, nada fica oculto por muito tempo. É por isso que divulgamos esse relato. 

CONCÍLIO ANUAL DA IASD 2017

No Concílio Anual de 2017 da Igreja Adventista do Sétimo Dia, foram divulgados Gráficos Estatísticos. Esperava-se que providências fossem tomadas no sentido de colocar um basta na rebeldia dos campos da Divisão Norte-Americana (organizaram até uma petição para a remoção dos líderes não-conformistas na ordenação de mulheres), nenhuma decisão foi tomada. 

Em resumo, ocorreu o seguinte: foi apresentado um documento de 14 páginas que todos os líderes deveriam assinar, comprometendo-se a serem leais às decisões da Associação Geral (AG). A não assinatura acarretaria em perderia voz e voto no Concílio Anual de 2018. Seria uma boa saída para a crise que assola a denominação atualmente (sim, essa é a verdadeira crise da IASD na atualidade, e não as discussões em torno da natureza de Cristo como imaginam muitos pastores "tupiniquins"; líderes destacados na América do Norte pretendem seguir impunemente ordenando mulheres ao ministério, contrariando três votos tomados pelos delegados da igreja em assembleia geral. Isso é apenas a ponta do iceberg - a ordenação de homossexuais deverá ser a próxima barreira a ser rompida pelos rebeldes, como aconteceu em todas as demais denominações que aceitaram a ordenação de mulheres). Nos debates que antecederam a votação sobre a decisão a ser tomada sobre esse documento, nenhum representante da Divisão Sul-Americana se manifestou.

No entanto, seguindo uma estratégia bem delineada e colocada em prática, os rebeldes conseguiram que o documento não fosse votado. Assim, ele retornou ao sub-comitê que o elaborou, ficando tudo na mesma até o ano que vem, pelo menos. A mensagem que os líderes da AG deixam é que cada um faz o que bem entende. A igreja parece tão acéfala quanto Israel nos tempos dos juízes: "Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos" (Juízes 21:25). 

Chama a atenção que a própria AG reconhece que se trata de rebelião. Eles chegaram a exibir um Power Point com os principais episódios de apostasia da história do adventismo. Na apresentação, que pode ser vista aqui (cf. a partir da p. 34), são mencionados dissidentes famosos, tais como Kellogg, Canright, Ford, dentre outros. Chegaram a citar George Santayana, para quem "aqueles que não se lembram da história, estão condenados a repeti-la." Tudo em vão. As maçãs podres continuarão no cesto, provavelmente contaminando muitas outras.